DIA 9 – DOMINGO
RAMOS E PAIXÃO DO SENHOR
Sigamos os passos de Jesus em sua
entrada em Jerusalém e em seu percurso rumo à cruz. A solene liturgia
deste domingo nos introduz na Semana Santa, centro do grande
acontecimento de nossa fé: o mistério da paixão, morte e ressurreição
do Senhor. A doação da própria vida é o auge da missão de Jesus,
culminando na cruz seu maior gesto de amor.
N (Narrador): Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, 11Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:
L (Leitor): Tu és o rei dos judeus?
N: Jesus declarou:
P (Presidente): É como dizes.
N: 12E nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. 13Então Pilatos perguntou:
L: Não estás ouvindo de quanta coisa eles te acusam?
N: 14Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. 15Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. 16Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. 17Então Pilatos perguntou à multidão reunida:
L: Quem vós quereis que eu solte: Barrabás ou Jesus, a quem chamam de Cristo?
N: 18Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. 19Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
L: Não te envolvas com esse justo! Porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele.
N: 20Porém os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. 21O governador tornou a perguntar:
L: Qual dos dois quereis que eu solte?
N: Eles gritaram:
G (Grupo ou assembleia): Barrabás.
N: 22Pilatos perguntou:
L: Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?
N: Todos gritaram:
G: Seja crucificado!
N: 23Pilatos falou:
L: Mas que mal ele fez?
N: Eles, porém, gritaram com mais força:
G: Seja crucificado!
N: 24Pilatos
viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou
trazer água, lavou as mãos diante da multidão e disse:
L: Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!
N: 25O povo todo respondeu:
G: Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos.
N: 26Então Pilatos soltou Barrabás, mandou flagelar Jesus e entregou-o para ser crucificado. 27Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador e reuniram toda a tropa em volta dele. 28Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; 29depois
teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça e uma vara
em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram,
dizendo:
G: Salve, rei dos judeus!
N: 30Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. 31Depois
de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com
suas próprias roupas. Daí o levaram para crucificar. 32Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. 33E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”. 34Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. 35Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. 36E ficaram ali sentados, montando guarda. 37Acima da cabeça de Jesus, puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o rei dos judeus”. 38Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. 39As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
G: 40Tu que ias destruir o templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!
N: 41Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:
G: 42A outros salvou… a si mesmo não pode salvar! É rei de Israel… Desça agora da cruz! e acreditaremos nele. 43Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: Eu sou o Filho de Deus.
N: 44Do mesmo modo, também os dois ladrões, que foram crucificados com Jesus, o insultavam. 45Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. 46Pelas três horas da tarde, Jesus deu um forte grito:
P: Eli, eli, lamá sabactâni?
N: Que quer dizer: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” 47Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:
G: Ele está chamando Elias!
N: 48E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara e lhe deu para beber. 49Outros, porém, disseram:
G: Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!
N: 50Então Jesus deu outra vez um forte grito e entregou o espírito.
(Todos se ajoelham num momento de silêncio.)
N: 51E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. 52Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram! 53Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na cidade santa e foram vistos por muitas pessoas. 54O
oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o
terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e
disseram:
G: Ele era mesmo Filho de Deus!
N: Palavra da salvação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário